O ator e realizador francês Maiwenn, cujo último filme Jeanne du Barry (vai estrear no 76ª edição do Festival de Cinema de Cannes), com a participação de Johnny Depp, está a ser processado por Edwy Plenel, editor-chefe da revista Mediapart, por alegadamente o ter agredido num restaurante.
A 7 de março, Plenel apresentou uma queixa à polícia, acusando Maiwenn de agressão. Na queixa, Plenel alega que foi agredido por Maiwenn no final de fevereiro de 2023 enquanto jantava num restaurante no elegante sétimo Arrondissement de Paris.
Maiwenn, que estava sentada sozinha numa mesa próxima, terá ido até à mesa de Plenel, agarrado-o pelo cabelo e cuspido na sua cara sem dizer uma palavra, antes de sair furiosa do local, deixando Plenel "traumatizado com o incidente", segundo a agência de notícias AFP, que citou a queixa da polícia.
Embora o relatório policial tenha sido apresentado há um mês, só foi divulgado na sexta-feira, um dia após o Festival de Cinema de Cannes ter anunciado que o filme de Maiwenn tinha sido escolhido para abrir a sua 76ª edição.
Embora a Mediapart nunca tenha investigado Maiwenn, publicou uma série de reportagens bombásticas sobre o seu ex-marido Luc Besson, com quem partilha uma filha, Shanna Besson. A Mediapart tem liderado o movimento #MeToo em França, publicando o primeiro testemunho da atriz belga-holandesa Sand Van Roy que acusa Besson de agressão sexual (o caso acabou por ser arquivado) e o testemunho da atriz francesa Adèle Haenel, que acusava o realizador Christophe Ruggia de assédio sexual quando era menor de idade.
Maiwenn, que disse em entrevistas anteriores que não aderiu ao movimento #MeToo, escolheu Depp para interpretar o rei francês Luís XV em Jeanne du Barry quando ele estava a meio da sua batalha legal contra a ex-mulher Amber Heard. Maiwenn interpreta o papel principal como Jeanne du Barry, o maior amor de Luís XV, a quem ele levou para viver perto dele no palácio de Versalhes, embora ela não fosse nobre.
