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Final de "Os Dois Hemisférios de Lucca": Dr. Kumar ajudou Barbara?

José Oliveira, 3 de fevereiro de 2025 05:50
Final de "Os Dois Hemisférios de Lucca": Dr. Kumar ajudou Barbara?

O filme “Os Dois Hemisférios de Lucca” apresenta uma emocionante e inspiradora jornada baseada na história real de Lucca, um menino nascido com paralisia cerebral, e da sua incansável mãe, Barbara. A narrativa acompanha a luta da família em busca de uma solução para melhorar a qualidade de vida de Lucca, culminando no controverso tratamento com a máquina Cytotron. Mas até que ponto essa terapia foi eficaz? E qual foi o papel de Dr. Kumar e Dr. Jaramillo na história?

Final Explicado: Porque é que Barbara decidiu viajar para a Índia?

Barbara sempre procurou os melhores tratamentos para Lucca, apesar das dificuldades financeiras e emocionais que enfrentava. Durante uma conversa com um cliente, ela soube da existência de um médico mexicano na Índia que utilizava uma máquina revolucionária para tratar casos neurológicos. Essa máquina, chamada Cytotron, prometia estimular as conexões cerebrais e trazer melhorias para pacientes como Lucca.

Mesmo sem garantias, Barbara decidiu insistir e entrou em contacto com o Dr. Ricardo Jaramillo, que hesitava em aceitar Lucca para o tratamento, pois os efeitos da terapia em crianças com paralisia cerebral ainda eram desconhecidos. Determinada, Barbara não desistiu e procurou apoio, incluindo o ex-ministro da economia, Bruno Bernardi, que também se tratou com o Cytotron. Com persistência, conseguiu convencer Jaramillo e Dr. Kumar, o inventor da tecnologia, a aceitarem o caso de Lucca.

A terapia Cytotron trouxe resultados?

Quando a família chegou à Índia, ficou desiludida com as instalações do centro de tratamento, que não correspondiam às suas expectativas. O próprio Cytotron não parecia uma tecnologia futurista. Os primeiros dias foram ainda mais preocupantes, pois Lucca perdeu o apetite e sofreu uma convulsão. Barbara começou a duvidar da sua decisão.

Porém, um momento inesperado mudou tudo. Durante uma interação com o irmão mais novo, Bruno, Lucca reagiu espontaneamente ao pegar um chupa-chupa e levar à boca, um reflexo que ele nunca tinha demonstrado antes. Dr. Kumar explicou que esse movimento era um dos primeiros instintos dos bebês e uma prova de que o tratamento estava a estimular as conexões cerebrais. Com o tempo, Lucca apresentou melhorias significativas, até surpreendendo todos ao dizer a sua primeira palavra: "Kumar".

Antes de regressar a casa, Dr. Kumar recomendou que Lucca fizesse o tratamento anualmente para potencializar os efeitos positivos. A família deixou a Índia esperançosa, mas novos desafios os aguardavam.

O conflito com Jaramillo e o futuro do Cytotron

Ao voltar para casa, Barbara procurou convencer o hospital infantil a realizar ensaios clínicos com a máquina Cytotron. O neurologista de Lucca, inicialmente cético, ficou impressionado com os avanços e persuadiu o conselho hospitalar a considerar o tratamento.

Barbara tentou contactar Jaramillo para discutir a possibilidade de trazer a tecnologia para o México, mas ele mostrou-se desinteressado. A sua prioridade era obter a aprovação da FDA nos Estados Unidos. Quando Barbara insistiu, Jaramillo alertou-a para nunca falar diretamente com Dr. Kumar, comportamento que levantou suspeitas.

Ao investigar mais a fundo, Barbara descobriu que Jaramillo era um impostor. Ele nunca teve qualquer ligação real com Johns Hopkins e não tomou medidas para expandir o tratamento. Para piorar, ele havia registrado a patente do Cytotron em seu nome, o que enfureceu Dr. Kumar. Sentindo-se traída, Barbara denunciou Jaramillo aos investidores da tecnologia e ao próprio Dr. Kumar.

Como Dr. Kumar ajudou Barbara?

A família de Lucca enfrentava dificuldades financeiras e Barbara tinha perdido o emprego. Sem recursos para voltar à Índia, ela procurou formas de continuar o tratamento de Lucca. Foi então que soube que dois Cytotrons estavam em Veracruz, no México, mas nunca tinham sido utilizados.

Dr. Kumar, ao saber das fraudes de Jaramillo, decidiu apoiar Barbara e garantiu que a família poderia utilizar um dos Cytotrons no México. Assim, Lucca não precisaria viajar para a Índia anualmente. Esse desfecho permitiu que Barbara continuasse a lutar pela saúde do filho e ainda ajudasse outras crianças no México a terem acesso à inovadora terapia Cytotron.


O final de “Os Dois Hemisférios de Lucca” é emocionante e cheio de esperança. A história de Barbara e Lucca prova que a determinação de uma mãe pode desafiar barreiras médicas e burocráticas. A revelação da fraude de Jaramillo trouxe um obstáculo inesperado, mas também abriu caminho para uma parceria direta com Dr. Kumar, garantindo que Lucca e outras crianças tivessem acesso ao tratamento. Mais do que uma história de recuperação, “Os Dois Hemisférios de Lucca” mostra que, com coragem e perseverança, é possível transformar desafios em esperança.