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Robert De Niro compara Trump dizendo que “é como um pai abusivo”

Diogo Fernandes

Durante tantos anos uma presença reservada em entrevistas, Robert De Niro tem sido uma estrela de Hollywood com pouca expressão fora das câmaras.

No entanto, recentemente revelou o seu desgosto por Donald Trump e pelas pessoas que votaram nele, e que podem voltar a fazê-lo.

O ator disse ao jornal The Guardian:

"A situação política em que estamos no meu país é louca e absurda - perdemos o controlo. Vejo o fenómeno do Trump, o fenómeno das pessoas que não se opõem a ele, pessoas que deviam saber melhor... Estão a causar grande preocupação no país e muita ansiedade. Sinto que desde que ele apareceu - mesmo depois de ser presidente - é como um pai abusivo que governa uma casa, só que não é apenas uma casa, é o país inteiro. Estamos tipo, 'O que é que este tipo vai fazer a seguir? Com que nos vai irritar? Está a fazer isto só para irritar as pessoas? Para as deixar infelizes? Talvez seja."

De Niro falou publicamente para promover o seu próximo filme Assassinos da Lua das Flores, a sua 10ª colaboração com o realizador Martin Scorsese, e comparou a sua personagem William Hale ao antigo presidente dos EUA:

"Uma das principais tarefas de ser líder, a responsabilidade, é liderar. Mesmo quando as massas estão a virar-se numa certa direção, tens que lhes mostrar o caminho certo. E isso resume-se à integridade pessoal, ao que sabes que está certo e ao que sabes que está errado, ao que defendes."

Ele disse que Trump está "a fazer tudo o que pode para ser o chefe. Ele só quer estar no comando. Não tem um centro moral.".

"Chateia-me tanto que alguém como ele possa chegar tão longe no nosso sistema político. Muitos nova-iorquinos sabiam que ele era um idiota, uma piada. Mas quando o país começou a acreditar? Quer dizer, ele não ganhou por muito. Ele não ganhou o voto popular. Ela ganhou. Mas olha o que aconteceu. O assustador é que é uma coisa tão frágil, balançar assim. E a coisa estranha sobre o Trump é que se ele tivesse algum cérebro, poderia ter sido presidente novamente. Mas ele não se importa. Ele fez coisas estúpidas. Ele não é alguém que deva ser permitido chegar perto da liderança deste país novamente."

Ler a entrevista completa aqui