Com o lançamento do filme "Anjos na Terra", inspirado numa história real, existem diversas questões, como a questão: Quem foi Sharon Stevens?
A obra cinematográfica, que estreia em Portugal a 28 de março de 2024, conta a comovente história de Sharon Stevens, uma cabeleireira problemática em Kentucky, interpretada pela premiada Hilary Swank, que lidera uma missão para salvar a vida de uma menina durante uma tempestade de neve severa, formando um laço especial com o pai viúvo da criança.
Realizado por Jon Gunn, conhecido por filmes baseados na fé, "Ordinary Angels" retrata a jornada de redenção e empatia de Sharon Stevens, marcando um ponto entre o religioso e o secular na narrativa. A produção, inspirada num livro homónimo de Sharon Stevens, procura transmitir uma mensagem poderosa através da interação de personagens cativantes.
A história mostra Sharon a enfrentar desafios pessoais, lidando com o alcoolismo e tentando, ao mesmo tempo, auxiliar a família em desespero. Contudo, ao contrário do retrato fictício do filme, a verdadeira Sharon Stevens não tinha problemas com álcool, o que levanta questões sobre a veracidade da representação piogénica da sua história.
No filme, a família Schmitt, incluindo a pequena Michelle, enfrenta uma situação dramática em que a solidariedade comunitária se torna essencial para a sua sobrevivência. Embora o enredo se baseie em eventos reais, algumas liberdades foram tomadas para aumentar o drama, omitindo informações significativas da história original.
A filme tem gerado admiração e reflexão sobre a presença da religião na narrativa. Embora elements de fé sejam evidentes, "Anjos na Terra" não se propõe a ser um filme religioso, mas sim a transmitir uma mensagem de humanidade e sacrifício em prol do próximo. A história de Sharon Stevens e da família Schmitt destaca-se pela sua comovente narrativa, mas é importante considerar as nuances e ajustes feitos no processo de adaptação para o cinema.
Assim, à medida que "Anjos na Terra" encanta os espetadores com a sua emocionante história, a questão sobre a existência real de Sharon Stevens permanece presente, levando o público a refletir sobre a linha ténue entre a veracidade dos factos e a construção dramática de uma narrativa inspiradora.