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Crítica, Exército de Ladrões, um filme que nem sabe a prequela

Diogo Fernandes, 30 de outubro de 2021 13:08

Exército dos Ladrões já está disponível na Netflix, e como fãs que ficámos de Exército dos Mortos, não podíamos deixar passar a oportunidade de ver esta prequela e fazer a nossa crítica.

Segundo lemos na sinopse "Uma misteriosa mulher recruta o banqueiro Dieter para a ajudar num assalto a cofres impossíveis de decifrar em toda a Europa.".

A crítica de Exército dos Ladrões

Exército dos Ladrões é uma produção em que muitos pontos se distingue do seu antecessor, com tantas diferenças que certamente que não dão para contabilizar.

Falando das mais importantes, achei honestamente esta história muito melhor, já que para além de ser uma produção bastante menos nojenta, não tem como foco principal, matar todos os seus protagonistas.

Aqui temos uma aventura, com crime e ação que se aproxima muito mais a estilo de filmes como 007 ou Missão Impossível, distanciando-se de forma quase total dos Zombies, um tema que tanto foi focado no primeiro filme.

Chamá-lo de prequela chega quase a parecer um pouco exagerado, já que apenas se mantém um personagem e a realização de assaltos, que agora acontecem na Europa.

A existência de efeitos especiais é quase nula, no que me levava a apostar que a produção deste filme deve ter custado bem menos de metade de Exército dos Ladrões, já para além de muitos efeitos especiais, tinha o artista Dave Bautista, que não deve custar assim tão pouco.

Em forma de spoiler, em Exército dos Ladrões exploramos um pouco mais a vida de Ludwig Dieter (Matthias Schweighöfer), o génio por detrás da abertura de fechaduras de cofres bastante bem protegidos. Neste filme ele acaba a conseguir desbloquear três de um total de quatro cofres bastantes conhecidos pelos especialistas da área pela sua complexidade. Já o último cofre é o que aparece em Exército dos Ladrões.

Todo o mistério criado pela abertura destes cofres acho que foi algo bastante interessante, com toda uma história que Ludwig Dieter que nos demonstra estar por detrás de cada um deles. Criando ao longo da sua abertura uma história que fala de amor e de alguns problemas da humanidade. Acho que este foi um ponto interessante, e que nos faz sentir que naquele filme existe mais algo do que se vê à primeira vista. Os pequenos clips criados em computador que demonstra a forma de como os cofres estão a ser abertos foi também um pormenor que adorei de ver. Os meus parabéns!

Mais um assunto que nos mostra a quantidade de empenho em focar nos cofres, foi a quantidade de vezes em que é falado no seu criador, Hans Wagner, um dos homens mais conhecidos de sempre no mundo da segurança de cofres.

A passagem deste filme pela Europa foi também uma boa decisão, já que por vezes que chega a um ponto em que vemos sempre mais do mesmo. Era interessante que tivessem vindo para Portugal, mas bem, não podemos pedir tudo ahah.

Na produção do filme tivemos algumas alterações de posições com Zack Snyder a dar lugar Matthias Schweighöfer na direção do filme. Ainda assim, Zack Snyder manteve-se na equipa de produção e da história. Estas alterações até podem nem ser sentidas ao longo do filme, mas de qualquer das formas, tenho a dizer que ambos fizeram um excelente trabalho na direção. Talvez uma alteração que tenha sido mais sentido, é o sentido de humor, que este pareceu ter um maior nível de piadas.

A única que me fica a faltar a história para além dos assaltos. Falo dos personagens principais, onde coloco Ludwig Dieter (Matthias Schweighöfer), Gwendoline (Nathalie Emmanuel) Korina (Ruby O. Fee), Brad Cage (Stuart Martin) e Rolph (Guz Khan). Estes funcionam como uma família que rouba bancos, à exceção do nosso Ludwig Dieter, que é introduzido neste filme. Acho que o drama entre todos estes protagonistas podia ter sido evitado, dando um maior valor na criação de cenas "blow mind" nos assaltos. Assim, poderia ter sido dado um final feliz a todos os protagonistas, e consequentemente mostrar que no final talvez tenha valido tudo a pena. Assim, com o final que temos, começamos a pensar, qual foi mesmo o objetivo de tudo isto?



E bem, é esta a minha crítica. Exército dos Ladrões é um filme que dá tanto para um novo fã como para os que já viram o primeiro filme. Esta história acaba a envolver-nos de tal forma na vida de Ludwig Dieter que começamos a compreender o seu lado e a pessoa que ele é. No caso deste filme, acho que é uma ótima opção para toda a família, e para todos aqueles que gostarem de um bom filme de ação e aventura.