A série The Last of Us, da HBO, acaba de receber uma nova atualização sobre a sua segunda temporada.
Numa recente entrevista com o Deadline, o argumentista e showrunner Craig Mazin foi questionado sobre o estado de desenvolvimento dos próximos episódios, considerando as greves dos argumentistas (que já decorrem há uns meses) e do sindicato dos atores, que foi iniciada a semana passada.
A adaptação televisiva do videojogo da Naughty Dog foi um enorme sucesso para o canal HBO desde o seu lançamento, conquistando rapidamente uma segunda temporada e, mais recentemente, nomeações aos Emmys para os seus protagonistas Pedro Pascal e Bella Ramsey.
Toda a gente está agora à espera da temporada número dois de The Last of Us, cuja história irá basear-se no segundo videojogo, The Last of Us: Part II, lançado em 2020. Devido à densidade do seu enredo, a história será estendida para um terceiro ano, caso esta seja oficialmente renovada.
De acordo com Mazin, as greves dos sindicatos em Hollywood podem realmente impactar a data de estreia da segunda temporada. Em maio, Francesca Orsi, a vice-presidente e chefe de drama do canal HBO, confirmou que a popular série não deverá regressar até 2025, supondo que a atual greve dos argumentistas não se prolongasse por meses a fio. Se isto continuar, a espera poderá alargar-se ainda mais.
O produtor executivo começou por repetir as palavras de Orsi: "Se as greves durarem muito mais, inevitavelmente teremos que adiar e isso prejudica o público e prejudica a HBO. Todos nós, todos querem voltar ao trabalho. Acho que todos aqueles que estão realmente a trabalhar, incluindo as pessoas da rede que estão connosco no terreno, todos querem ver estes conflitos resolvidos. Então, dedos cruzados."
Antes da greve dos argumentistas começar, o trabalho na segunda temporada já havia avançado "bastante", segundo Mazin, com discussões a decorrer com Neil Druckmann (criador do videojogo) e o resto do grupo de escritores:
"Já estávamos bem avançados, na verdade, estávamos a ir muito bem. O Neil e eu estávamos a conversar com a Halley Gross, que também trabalhou no segundo videojogo como argumentista, e Bo Shim, a nova argumentista que pertence ao nosso pequeno grupo."
O showrunner também confirmou que o episódio 1 da temporada 2 já havia sido escrito antes da greve ter começado e todas as atividades serem encerradas. Acrescentando ainda que, uma vez que a greve termine, a equipa voltará a trabalhar arduamente em The Last of Us.
Sem sombra de dúvidas que as greves dos argumentistas (representados pela WGA) e dos atores (SAG-AFTRA) terão uma repercussão duradoura na indústria do entretenimento, com as sequelas do seu impacto a serem reveladas nos próximos anos. No entanto, este tipo de ações são necessárias para haverem mudanças em Hollywood considerando as rápidas alterações no panorama devido ao avanço das tecnologias, como a introdução de serviços de streaming e inteligência artificial.
Embora preocupantes, as afirmações de Mazin oferecem um pouco de reconforto para os fãs, sabendo que a equipa responsável por The Last of Us continua empenhada e entusiasmada em trazer um novo capítulo da história de Joel e Ellie para os ecrãs.
Neste momento, só nos resta esperar que as greves sejam resolvidas e um acordo benéfico para todas as partes seja feito para que o mundo da sétima arte volte ao ativo.
A primeira temporada de The Last of Us está disponível em Portugal na HBO Max.