A adaptação em imagem real de One Piece chegou à Netflix na semana passada e os fãs já comparam todos os aspetos que são diferentes ou iguais entre a nova versão e o manga japonês publicado desde 1997 por Eiichiro Oda.
A vantagem de One Piece chegar ao formato live-action mais de 20 anos após a sua estreia é que o argumentista e co-showrunner Steven Maeda conseguiu tomar decisões informadas sobre que elementos de diferentes arcos poderia utilizar e incluir nesta primeira temporada (e potenciais futuras temporadas). Em entrevista com o Collider, o produtor executivo explicou o processo de avançar mais de 100 capítulos dos livros para descobrir o que poderia ser usado.
Maeda, que partilha o cargo de showrunner com Matt Owens, revelou que para construir a primeira temporada foi necessário que alguns elementos do manga, que só são apresentados mais à frente, poderiam ser incorporados nos primeiros episódios para tornar a jornada dos Chapéus de Palha ainda mais interessante. Ele destaca a participação inicial de Garp (interpretado por Vincent Regan), que só aparece mais tarde no manga, mas que cuja importância é de extrema relevância para o núcleo da série:
"Um manga e uma série foram feitos para contar histórias, mas de uma forma muito, muito diferente e com uma estrutura diferente. Por isso, tivemos de discutir trazer coisas para a frente e empurrar coisas para trás e adicionar elementos que estão no manga, mas não até capítulos muito posteriores. Por exemplo, os Marinheiros e o Garp, que andam atrás de Luffy, e essa história não está nos primeiros 100 capítulos do manga. Só aparece por volta do capítulo 300. E eu pensei que realmente queria apostar em antagonistas com dentes que não fossem apenas os antagonistas piratas com quem se iam cruzar.", disse.
Embora alguns fãs possam não estar de acordo, trazer elementos de arcos futuros é uma excelente forma de tornar a experiência de visualização fresca para os fãs de longa data do manga e do anime. E, pelos vistos, Maeda e Owens conseguiram de facto transformar o mundo extravagante de fantasia de One Piece em imagem real, considerando que a versão da Netflix conta com 8.5 de classificação no IMDb.
A história da série segue Monkey D. Luffy, um rapaz que se quer tornar num pirata tal como o seu ídolo Shanks. Tudo parece perdido quando acidentalmente come um fruto especial que lhe permite esticar como borracha mas o impede de nadar para sempre; mesmo assim decide fazer-se ao mar, para encontrar o famoso tesouro One Piece e tornar-se o Rei dos Piratas.
O elenco principal é composto por Iñaki Godoy (Who Killed Sara?) como Monkey D. Luffy, Mackenyu (Pacific Rim: Uprising) como Roronoa Zoro, Emily Rudd (Hunters) como Nami, Jacob Gibson (Grey's Anatomy) como Usopp e Taz Skylar (Boiling Point) como Sanji. A Tomorrow Studios (Cowboy Bebop) e a Shueisha (editora do manga) produzem o projeto.
One Piece já está disponível na Netflix.
