A Austrália associou-se a uma campanha internacional liderada pela Screen Producers Australia (SPA), em colaboração com países como Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Irlanda, Nova Zelândia e Canadá. Este movimento visa persuadir os governos a implementarem regulamentações que obriguem as plataformas de streaming, como Netflix, Disney+ e Amazon Prime, a produzir conteúdo relevante para os mercados locais.
A iniciativa destaca a ameaça à independência e viabilidade da indústria cinematográfica global, a menos que cotas obrigatórias para conteúdo local sejam adotadas internacionalmente. Recentemente, gigantes do streaming, como Netflix, Disney e HBO, dominaram os prémios Emmy, evidenciando a influência destas plataformas.
O governo australiano comprometeu-se a implementar um sistema de quotas para serviços de streaming até meados de 2024, com a indústria cinematográfica local a defender uma quota de 20%, enquanto as plataformas de streaming procuram quotas tão baixas quanto 2%.
Matthew Deaner, CEO da SPA, destaca a necessidade de legislação para garantir que as plataformas invistam em narrativas locais, enfatizando que a viabilidade financeira da indústria está em risco sem intervenção.
O debate sobre quotas de conteúdo local em plataformas de streaming ganha destaque, com a última rodada de consultas ocorrida em novembro. O governo planeia iniciar o esquema de quotas em julho de 2024, mas a percentagem específica ainda não foi divulgada.
O setor espera uma regulamentação que assegure contribuições justas das plataformas para a criação de conteúdo local, preservando a diversidade cultural na indústria cinematográfica global.
